Após Finlândia, Suécia indica que pedirá ingresso na Otan
Governo entrega ao Parlamento relatório favorável à adesão do país à aliança militar ocidental. País quer neutralizar conflitos no mar Báltico, onde Rússia tem aumentado presença militar desde o ano passado.
Por g1
Um dia depois de a Finlândia anunciar formalmente que irá pedir entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Suécia indicou nesta sexta-feira (13) que fará o mesmo.
A ministra de Relações Exteriores do país, Ann Linde afirmou que seu país está pronto para abandonar a neutralidade e que a entrada da Suécia na Otan vai estabilizar conflitos no mar Báltico.
“A adesão da Suécia à Otan aumentaria o limite para conflitos militares e, portanto, teria um efeito de prevenção de conflitos no norte da Europa”, disse Linde.
Desde o ano passado, Moscou tem aumentado a presença militar e exercícios de suas tropas no mar Báltico, para onde boa parte do território sueco e a costa oeste da Finlândia e da Rússia têm saída.
A expectativa do governo sueco é entregar a candidatura à Otan já na semana que vem.
O ministro da Defesa do país, Peter Hultqvist, disse nesta sexta-feira (13) saber dos riscos para seu país com a adesão à aliança militar, mas afirmou que suas tropas “estão preparadas” para qualquer retaliação de Moscou.
Há duas semanas, o Kremlin prometeu respostas “sem precedentes” caso Finlândia e Suécia se tornem membros da Otan, considerada pelo governo de Vladimir Putin um de seus principais inimigos atualmente.
“Caso a Suécia opte por entrar na Otan, há um risco de reação da Rússia. Mas tenho que frisar que estamos preparados para lidar com qualquer reposta deles”, declarou.
Finlândia
Na quinta-feira (12), a Finlândia formalizou sua intenção de solicitar a entrada na Otan, o que deve acontecer até meados de maio. Os governos dos Estaqdos Unidos, Alemanha e França, que já fazem parte da aliança militar, declararam que vão acelerar os trâmites para que o ingresso do país.
A Finlândia tem uma ampla fronteira, de 1,3 quilômetros, com a Rússia, que já anunciou fortes retaliações caso os dois países escandinavos passem a integrar a Otan.
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